A histerectomia abdominal é a causa mais comum de fístula vésico-vaginal em países em desenvolvimento, sendo a sua incidência de 0,3-2 % dos casos . A laparoscopia constitui uma via bastante atraente para correção dessa iatrogenia, principalmete para lesões mais distais , com taxas de sucesso que vão de 75 a 95% , porém em 10% dos casos pode haver reicidiva.
Caso- Mulher de 48 anos , sem comorbidades , foi submetida há 1 ano a histerectomia abdominal por conta de miomatose uterina , porém evoluiu com perda urínária contínua , onde foi constatado fístula vésico-vaginal. Foi tentado uma correção por via abdominal , em outro hospital ,sem sucesso. Sua Tomografia mostrava uma comunicação anômala entre a bexiga e a cúpula vaginal , sem dilatação das via urinárias superiores.
TC com reconstrução mostrando a fístula
Cistografia confirmando a fístula
Abertura mínima da bexiga ( para identificação da fístula)
Fechamento da cúpula vaginal
Fechamento da bexiga
Interposição de omento entre as suturas
A cirurgia durou 130 minutos, com mínima perda sanguínea, tempo de internação de 2 dias e foi retirada a sonda após 4 semanas , com controle radiológico . No momento a paciente está com a sua auto-estima recuperada , continente e sem sintomas urinários.
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